Coautor do livro Megaflorestas – Preservar o que temos para salvar o planeta (título original: Ever green – Saving big forests to save the planet).
Thomas E. Lovejoy viveu seu primeiro encontro com uma grande floresta quando chegou a Belém, cidade portuária da Amazônia, no Brasil, em junho de 1965. O sonho que até então cultivava de fazer um doutorado no leste da África foi imediata e permanentemente eclipsado pela experiência de estar na maior floresta tropical do mundo, um lugar com o tamanho dos 48 estados americanos. A Amazônia estava além dos devaneios mais loucos de um biólogo: era vasta, repleta de diversidade biológica (termo que ainda não havia sido cunhado), possuía uma miríade de povos indígenas e abrangia partes de oito países.
Tom foi um inovador na conservação. Foi o primeiro a usar o termo “diversidade biológica”, em 1980. Naquele ano, produziu uma projeção inédita de extinções globais para o governo de Jimmy Carter nos EUA. Desenvolveu os programas de troca de “dívida por natureza” e liderou o Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, experimento em larga escala com mais de quarenta anos que mostra como a fragmentação da floresta afeta as espécies de plantas e animais, o clima e outros aspectos dos ecossistemas. Com dois livros coeditados, Tom é considerado o fundador do campo da biologia das mudanças climáticas. Foi também criador da Nature, uma popular série de televisão nos EUA.
Até sua morte, em dezembro de 2021, atuou como membro sênior da Fundação das Nações Unidas e professor no Departamento de Ciência e Política Ambiental da George Mason University. Anteriormente, ocupou cargos sênior no Heinz Center for Science, Economics, and the Environment, no Banco Mundial, no Smithsonian Institution e no World Wildlife Fund. Atuou em conselhos científicos e ambientais nos governos Reagan, Bush e Clinton. Tom possuía graduação e doutorado em Biologia pela Universidade de Yale.